Um Estudante Uma Família

A seguir é apresentado um modelo de projecto para implementação do Programa Um Estudante - Uma Família (UE-UF). Este modelo, por mim elaborado, tem como propósito apoiar os demais docentes e formandos dos cursos de saúde que queiram desenvolver parcerias com as comunidades vizinhas das Instituições de Formação em Saúde para nível média ou superior.

1. Justificativa

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O Instituto de Formação em Saúde de XXXXXXXXXX se localiza numa área geográfica bastante estratégica para formação de quadros de saúde que possam responder a maior parte de problemas de saúde da população cuja sua incidência e prevalência é condicionada por simples prevenção primária, com maior relevância a educação para saúde e proteção especifica.
 Neste contexto é de maior e múltiplo proveito, formar quadros mais envolvidos ao contexto real das comunidades à vizinhança, pois deste modo, esperar-se-á que os formandos desenvolvam maior afecto e compreensão das comunidades e por outro lado, as comunidades se beneficiarão de monitoria directa do seu cotidiano e consequentemente a melhoria do seu estado de saúde no que tange aos cuidados primário de saúde.
Sabe-se que a maior parte dos problemas de saúde que acometem as comunidades locais como a baixa frequências das mulheres grávidas nas consultas pré-natais, Diarreias em adultos e crianças que se agrava devido o deficiente abastecimento de agua potável, a desnutrição, HIV, malária entre outras, necessitam de maior atenção e envolvimento dos membros das famílias para correção das condições danosa ou sua redução.  


2. Introdução: 
O envolvimento activo das comunidades Moçambicanas nos programas de saúde tem trazido maior impacto e significância na melhoria do estado de saúde da população. Esta realidade não distancia dos efeitos esperados por parte da população do Distrito de XXXXXXXXXX, pois tem algumas características similares às das outras comunidades do país. Sendo assim o Centro de Formação de Saúde de XXXXXXXXXX, desenvolveu o presente projecto para implementação do “Programa um estudante uma família” com o propósito de promover a capacidades das famílias para a identificação, análise e tomada de decisões para resolução dos problemas de saúde  e em simultâneo envolver os formandos dos Cursos de Saúde ao contexto real das comunidades circunvizinhas do da Instituição de Formação e das Unidades Sanitárias onde decorem os estágios práticos, para maior compreensão dos determinantes de saúde e tomada de acções compatíveis aos desvios detetados, Por outro lado, espera-se que os formandos e as comunidades extraiam beneficio mútuos, concretamente a aprendizagem das vivencias e experiencias comunitárias por parte dos formandos e assimilação da informação educação e comunicação para mudanças de comportamento e consequente melhoria da intervenção dos programas de saúde por parte das comunidades, evidenciando mais factores socio-culturais, que muitas das vezes bloqueiam as demais intervenções feitas pelo Serviço Nacional de Saúde.  


3. Objectivos 

3.1  Geral

O Programa Um Estudante Uma Família visa promover a capacidades das famílias para a identificação, análise e tomada de decisões para resolução dos problemas de saúde e em simultâneo envolver os formandos dos Cursos de Saúde ao contexto real das comunidades circunvizinhas da Instituição de Formação e das Unidades Sanitárias onde decore o processo de formação incluindo estágios práticos, para maior compreensão dos determinantes de saúde e tomada de accoes compatíveis.

3.2   Específicos

  •        Identificar os bairros que se encontrem num raio igual ou inferior a dois quilómetros da Instituição de Formação ou campo de estágios;
  •        Participar aos lideres dos bairros em relação ao propósito do programa;
  •     Identificar as famílias que farão parte do programa, tendo e conta a priorização das que se encontrem em zonas com maiores problemas sanitários;
  •      Mapeamento e alocação dos estudantes às famílias para o seu para sua participação.

4.    Estratégias para implementação do Programa

E1. Envolvimento activo e participativo dos lideres comunitários e das famílias para esclarecimento do propósito do programa e métodos de trabalho, tomando em consideração as crenças, hábitos e costumes que regem nessas famílias.
E2. Aplicar os princípios éticos e deontológicos no que tange às informações sigilosas das famílias por parte dos estudantes;
E3. Desenvolvimento de Instrumentos para monitoria e avaliação das actividades desenvolvidas nas famílias que permitam a mensuração do volume e qualidade ou ainda, impacto das acções tomadas;
E4 Comunicar periodicamente através de um relatório a Direcção Provincial de Saúde da Zambézia, com conhecimento dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social e outros colaboradores do SNS que operam no Distrito.





4.1 Ações das estratégias

E1. Envolvimento activo e participativo dos lideres comunitários e das famílias para esclarecimento do propósito do programa e métodos de trabalho, tomando em consideração as crenças, hábitos e costumes que regem nessas famílias.

-        Reuniões regulares com os lideres comunitário, sendo a primeira direccionada a solicitação da autorização para implementação do programa;
-        Estabelecimento de regras e normas passivas para ambos grupos, concretamente estudantes e a comunidade local da qual as famílias farrão parte;
-        É importante realçar que a actividade não terá nenhuma remuneração aos seus colaboradores;
E2. Aplicar os princípios éticos e deontológicos no que tange às informações sigilosas das famílias por parte dos estudantes;

- Reforçar as orientações éticas e morais dos estudantes tomando como base nos princípios da ética e deontologia profissional, com destaque a:
-        Confidencialidade, honestidade, respeito pelas pessoas, beneficência, Justiça entre outros.
E3. Desenvolvimento de Instrumentos para monitoria e avaliação das actividades desenvolvidas nas famílias que permitam a mensuração do volume e qualidade ou ainda, impacto das acções tomadas;
-        A Monitoria e Avaliação servirão para manter informada a IDF implementadora do Programa Um estudante Uma Família, entre outros sectores colaboradores na prestação de cuidados de saúde;
-        Os instrumentos desenvolvidos servirão para o registo diários das actividades, elaboração de relatórios com periodicidade mensal, semestral e anual, e que todos eles espelhem o grau de comprimento das actividades previstas em consonância com as prioridades comunitárias.
E4. Comunicar periodicamente através de um relatório à Direcção Provincial de Saúde da Zambézia, com conhecimento dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social, Governo e outros colaboradores do SNS que operam no Distrito.
-        Para que a informação das actividades desenvolvidas no âmbito do programa um estudante uma família seja reportada, será necessário que os estudantes elaborem relatórios semanais que serão apresentados e compilados pelo docente responsável pelo programa;
-         O relatório final, seja ele mensal, semestral ou anual deverá ser enviado à Direcção Provincial de Saúde com conhecimento dos lideres comunitários dos bairros onde as actividades são desenvolvidas, SDSMAS, entre outros colaboradores que operam para área de saúde;


Autor: Lopes Bernardo Uane-2017







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