OS TRÊS GRUPOS DE ACTORES INTERVENIENTES NO PROCESSO DE PARCERIA EM ENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
PAPEL DAS INSTITUIÇÕES DO ESTADO E DO GOVERNO
(MISAU)
Áreas prioritárias
Reforço da
capacidade institucional:
-
Estabelecimento
de parcerias entre o MISAU, DPS, DDS, US com outras instituições do Estado e do
governo, com as ONGs, Privados e com a própria comunidade;
-
Criação de
grupos multi-sectoriais de trabalho a todos os níveis (central, provincial e
distrital)
-
Estabelecimento
de normas de articulação aos diferentes níveis e entre os diversos actores no
envolvimento comunitário;
-
Formação dos
trabalhadores;
-
Criação de
base legal para incentivar privados a comparticipar no financiamento de
actividades de participação comunitária para a
saúde;
-
Advocacia
perante doadores para apoiar a criação da cultura de cidadania a nível das
comunidades.
-
Identificação
de coordenadores provinciais e distritais de actividades de envolvimento
comunitário;
-
Com as ONGs e
com a própria comunidade, definir formas de relacionamento entre o SNS, ONGs,
instituições religiosas, estruturas comunitárias e privados, e as normas de
actuação dos Agentes Comunitários de Saúde;
-
Revisão e
adaptação de currícula de formação dos trabalhadores da Saúde de modo a
prepará-los para o trabalho com as comunidades;
-
Desenvolvimento
de mecanismos e acções com vista a incutir uma atitude apropriada nos
trabalhadores de Saúde em geral, mas muito particularmente nos trabalhadores de
Saúde actuando ao nível primário, bem como nos trabalhadores das agências e
instituições que forem escolhidas como parceiras neste trabalho.
-
Identificação
e alocação de recursos, tanto humanos, financeiros como materiais, de modo a
complementar os já existentes na comunidade, em conformidade com as prioridades
identificadas tanto na comunidade como dentro das instituições do Estado.
-
Fazer
advocacia sobre a importância da Participação Comunitária para obter apoio
técnico, financeiro e material para o desenvolvimento das capacidades da
comunidade; Criação de instrumentos
legais que facilitem a participação de outros parceiros, por exemplo privados,
no apoio à promoção de saúde da
comunidade;
-
Planificar,
coordenar e dirigir o processo da institucionalização da medicina tradicional,
para além de mobilizar recursos adicionais indispensáveis para apoiar e
facilitar a formação de profissionais de saúde em materia de medicina
tradicional;
Fortalecimento
das capacidades das comunidades
Para o
fortalecimento da capacidade das comunidades, o MISA recomenda a mobilização
das comunidades; Criação ou fortalecimento de estruturas comunitárias; Capacitação
das comunidades para o desenvolvimento de acções comunitárias com vista a
promoção da sua saúde; Em coordenação com os parceiros (ONGs, organizações
religiosas, agências financiadoras e privados), estimular e apoiar a
constituição ou fortalecimento de estruturas de base comunitária sustentáveis,
que permitam uma participação plena das comunidades na promoção da saúde e
desenvolvimento; Estabelecimento de mecanismos de articulação dos actores no
envolvimento comunitário ao nível provincial, distrital e local; Elaboração de
currícula, programas e manuais de formação de Agentes Comunitários de Saúde
(ACS); participar no funcionamento do PComunitarios de saúde atravez de
actividades tais como a supervisao, o fornecimento de medicamentos, o
treinamento, etc; criação de sistema de transporte comunitário em coordenação
com a comunidade.
PAPEL DAS
AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Apoiar as
Instituições do Estado, ONGs, organizações religiosas no fortalecimento das
capacidades da comunidade:
-
Providenciar
assistência técnica;
-
Disponibilização
de recursos financeiros, materiais e infrastruturas e transporte para o suporte das actividades de
envolvimento comunitário.
PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS
(ONGS) NACIONAIS E INTERNACIONAIS, E INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS
Em coordenação e parceria com as
instituições do Estado, em particular do sector da saúde, apoiar as comunidades
na identificação de seus problemas e de soluções, planificação, implementação
monitorização e avaliação das actividades com vista a solução dos problemas
identificados pela comunidade:
-
Procurar
financiamentos para apoiar o desenvolvimento das actividades da comunidade;
-
Formar
agentes comunitários;
-
Acompanhar a
implementação, monitorização e avaliação dos planos comunitários;
-
Reportar às
autoridades sanitárias as actividades desenvolvidas na comunidade com o seu
apoio.
PAPEL
DAS ENTIDADES PRIVADAS
As entidades privadas tem o papel de:
-
Em
coordenação com a Saúde e com as ONGs e instituições religiosas, apoiar o processo
de identificação das necessidades da comunidade e de procura de soluções;
-
Apoiar as
comunidades na implementação dos planos providenciando recursos financeiros,
materiais, transporte, infra-estruturas, etc.
PAPEL DA
COMUNIDADE
A comunidade, como um dos intervenientes
no processo de Envolvimento Comunitário, tem como papel, as acções abaixo descritas:
- Apoiar na criação,
sustentabilidade e manutenção da rede comunitária de saúde;
- Apoiar na identificação dos membros dos conselhos de lideres
comunitários de saúde;
- Apoiar na supervisão das actividades dos técnicos de saúde a nível
das US;
- Apoiar na gestão das US;
- Identificar soluções e recursos para a resolução dos problemas de
saúde nas comunidades.
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